Anais

II Simpósio Internacional de Futebol UFJF
I Encontro Mineiro de Futebol

15 a 18 de setembro de 2022

EDITORIAL

TÁTICA

GESTÃO

PSICOLOGIA

METODOLOGIA DO TREINAMENTO

ANÁLISE DE JOGO

FORMAÇÃO DE TALENTOS

OUTROS TEMAS

VERSÃO EM PDF

A Revista Brasileira de Futebol (RBF) foi escolhida como o meio de divulgação dos anais do II Simpósio Internacional de Futebol em conjunto ao I Encontro Mineiro de Futebol, eventos com a chancela da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O evento visa ampliar a base de evidências científicas sobre a temática do futebol, onde serão apresentados resumos abordando, tática, gestão psicologia, metodologia do treinamento, análise de jogo, formação de talentos além de outros temas, incluindo alguns trabalhos de futsal.

O futebol compreende uma modalidade esportiva que carece de um maior foco científico, daí a importância desses encontros e da divulgação sobre as pesquisas realizadas sobre essa modalidade, sendo em alguns casos financiadas pelo CAPES, CNPq ou FAPEMIG, chancelando assim a qualidade de seu conteúdo.

Temos trabalhos de diferentes níveis de investigação, desde resumos oriundos de conclusão de curso de graduação, como de iniciação científica, mestrado e doutorado, sendo realizados em diversas universidades. Temos trabalhos oriundos de cinco Estados (Amazonas, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul). Esses trabalhos foram gerados em Universidades Federais como UFAM, UFV, UFJF, UFOP e UFPR, além de trabalhos oriundos de clubes de futebol como o Grêmio de Porto Alegre, o Fluminense do RJ, bem como Sport Clube de JF, como do CBF Academy.

Um resumo é um primeiro degrau da divulgação de um trabalho científico, sendo extremamente importante nesse processo de divulgação da ciência. A RBF cumpre assim seu papel em colaborar com essa divulgação de forma democrática, por meio do acesso livre. Esperamos que esses trabalhos estabeleçam pontes de conhecimento e janelas de oportunidades não somente aos congressistas, como também para nossos leitores que terão a oportunidade de conhecer o que se faz de ciência aplicada ao futebol no Brasil.

João Carlos Bouzas Marins

Editor Chefe da Revista Brasileira de Futebol

Michael de Castro1, Victor Machado1, Israel Teoldo1.
Núcleo de Pesquisa e Estudos em Futebol (NUPEF), Universidade Federal de Viçosa, Viçosa – MG, Brasil.

E-mail: michaelcastro77@gmail.com

Palavras-chave: táctica, jogos reduzidos e condicionados, tomada de decisão.

INTRODUÇÃO: A manipulação dos constrangimentos em jogos reduzidos e condicionados (JRC) é fundamental para ajudar no desenvolvimento da capacidade tática em jogadores de futebol. Entender como a manipulação do nível de oposição (NO) influencia os JRC é importante para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem-treinamento (EAT) no futebol.

OBJETIVO: Investigar a influência do NO nos indicadores de performance tático-técnicos (IP) em JRC no formato 2x2 em jogadores da categoria sub-15 de uma escola de futebol.

MÉTODO: Os sujeitos foram 16 jogadores da categoria sub-15. A avaliação da tomada de decisão (TD) utilizou a plataforma TacticUP®. O NO foi caracterizado pela qualidade da TD em relação aos princípios táticos fundamentais dentro do centro de jogo nas fases ofensiva e defensiva, sendo dividido em 4 níveis: 1) alta qualidade ofensiva x alta qualidade defensiva, 2) alta qualidade ofensiva x baixa qualidade defensiva, 3) baixa qualidade ofensiva x alta qualidade defensiva e 4) baixa qualidade ofensiva x baixa qualidade defensiva. Foi feita filmagem dos JRC nas 4 situações reportadas. Os vídeos dos jogos foram extraídos para um computador. Posteriormente, foi feita a análise notacional de cada jogo. Os dados foram extraídos para uma planilha ad hoc do Microsoft Excel 2016 que continha 12 IP, sendo 6 ofensivos: tempo posse de bola, dribles, passes, recepções, chutes e faltas recebidas; e 6 defensivos: desarmes, interceptações, faltas cometidas, chutes recebidos e bloqueios. Foi feito o teste de normalidade dos dados. A comparação entre os jogadores com alta e baixa qualidade foi feita utilizando o teste T pareado, para as variáveis paramétricas, e o Mann-Whitney, para as não paramétricas. O nível de significância adotado foi p>0,05. Todos os testes foram feitos utilizando o software IBM SSPS 25.0.

RESULTADOS: Na fase ofensiva, os jogadores com alta qualidade tiveram maior tempo de posse de bola (11,38s x 5,63s; p=0,02) e realizaram menos passes malsucedidos (5,81 x 11,19; p=0,02) quando comparados a seus pares com baixa qualidade. Na fase defensiva, os jogadores com alta qualidade efetuaram mais desarmes (1,88 x 0,81; p=0,03) que seus pares com baixa qualidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos resultados, é possível inferir que o NO influencia o tempo de posse de bola, número de passes malsucedidos e os desarmes nos JRC em jovens futebolistas. Vale ressaltar que os jogadores com melhor qualidade da TD apresentaram melhores desempenhos nesses indicadores. É importante que essa variável seja levada em consideração nos processos de EAT no futebol.

Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001. Este estudo também foi financiado pela Lei de incentivo ao Esporte do Governo de Minas Gerais, pelo Programa Academia & Futebol do Ministério da Cidadania, através da Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, pela FAPEMIG, CNPQ, FUNARBE e pela PPG, CCB e Reitoria da Universidade Federal de Viçosa.

Costa, T1, Monteiro, F1, Machado, J C1
1 Universidade Federal do Amazonas, Manaus-Amazonas.

E-mail: michaelcastro77@gmail.com

Palavras-chave: táctica, jogos reduzidos e condicionados, tomada de decisão.

INTRODUÇÃO: Diferentes configurações de jogo tem sido exploradas para a criação de tarefas de treino representativas, contudo sob uma perspectiva ecológica é evidente o impacto da individualidade dos atletas em resposta às emergências do jogo. Nesse sentido os dispositivos e técnicas de rastreamento tem ajudado a entender como atletas ocupam o espaço de jogo em diferentes tarefas de treino.

OBJETIVO: Investigar relações entre exploração espacial e nível de desempenho em jogos 3v3 e 4v4 com atletas da categoria Sub-17.

MÉTODO: O presente estudo contou com a participação de 16 jogadores da categoria Sub-17. Inicialmente os atletas foram submetidos ao protocolo de Wilson et al. 2021 de identificação de talentos para serem avaliados quanto ao desempenho, Em seguida 4 equipes foram divididas, compondo um grupo de desempenho superior e outro de desempenho normal. Dentro de cada grupo foi realizado um jogo 3v3, em campo 29x23m; e um jogo 4v4, campo de 34x26m. Os jogadores foram rastreados durante as partidas através do sistema de rastreamento WIMU PRO™, por meio do qual foram obtidos dados para análise do Índice de Exploração Espacial (IEE), realizado em rotina do software MATLAB.

RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas para o IEE de jogadores com diferentes níveis de desempenho nos jogos 3v3 (p=0,281), porém houve nos jogos 4v4 (p=0,026).

CONSIDERAÇÕES FINAIS: A literatura tem mostrado que tarefas excessivamente fáceis ou difíceis tendem a promover ações táticas menos variadas, então os resultados encontrados neste estudo apontam que a baixa complexidade do jogo 3v3 não promoveu diferenças nas ações dos jogadores independente do nível de desempenho. Por outro lado os jogadores de menor desempenho apresentaram maior IEE no jogo 4v4 o que pode indicar a necessidade deste grupo de variar suas ações nesse contexto.

Gomes, R1; Machado, G1; Teoldo, I1
1Núcleo de Pesquisa e Estudos em Futebol (NUPEF), Universidade Federal de Viçosa, Viçosa - MG, Brasil.

E-mail: romulojgomes@hotmail.com

Palavras-chave: Tomada de decisão, Leitura de Jogo, Categorias de base, Escolas de futebol.

INTRODUÇÃO: A leitura de jogo e tomada de decisão são temas cada vez mais frequentes em estudos científicos em função do desempenho no futebol estar ligado a capacidade dos atletas de tomarem boas decisões em um curto espaço de tempo.Apesar disso, pouco se sabe ainda como o nível competitivo dos atletas, pode influenciar na capacidade de tomada de decisão.

OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi comparar a capacidade de tomada de decisão em diferentes níveis competitivos, entre jogadores de futebol sub-17 de escolas de futebol e clubes.

MÉTODO: A amostra foi composta por 38 jogadores de futebol do sexo masculino da categoria sub-17, de escolas de futebol que treinam 3 vezes por semana (n = 19; 16.0±0,7 anos de idade) e de clubes de futebol que competem a nível estadual e treinam 5 vezes por semana (n = 19; 17.0±0,6 anos de idade). O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Viçosa, protocolo 4.924.597. Para avaliação da capacidade de tomada de decisão foi utilizado a plataforma online TacticUP® (www.tacticup.com.br). O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para verificar a distribuição dos dados e o teste Mann-Whitney para comparação entre os grupos. O nível de significância considerado foi de p < 0,05.

RESULTADOS: Verificou-se uma diferença significativa na qualidade da tomada de decisão no princípio defensivo de concentração (p = 0,005) e no tempo da tomada de decisão nos princípios de concentração (p = 0,005) e unidade defensiva (0,024). Os jogadores de clube na qualidade da concentração (86,5±11,1) apresentam valores maiores, no tempo de resposta na concentração (6.5±5.4) e unidade defensiva (5.8±3.6), menores tempo de resposta comparada aos jogadores de escola de futebol na qualidade em concentração (62,0±30,2), no tempo em concentração (8.6±3.3) e unidade defensiva (9.2±5.0).

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que os jogadores que treinam em clubes tomam melhores decisões no princípio de concentração, apresentando melhor capacidade de proteção à baliza, condicionando o jogo ofensivo adversário para zonas de menor risco do campo de jogo. Além disso o jogadores de clube tomam decisões mais rápidas nos princípios de concetração e unidade defensiva em comparação com os jogadores que treinam em escolas de futebol. Concluímos que o nível competitivo influencia na capacidade e tempo na tomada de decisão de jogadores de futebol sub-17.

Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001. Este estudo também foi financiado pela Lei de incentivo ao Esporte do Governo de Minas Gerais, pelo Programa Academia & Futebol do Ministério da Cidadania, através da Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, pela FAPEMIG, CNPQ, FUNARBE e pela PPG, CCB e Reitoria da Universidade Federal de Viçosa.

Krusschevscky, E1, Machado, G2, Teoldo, I2
1 Nucleo de Pesquisa e Estudos em Futebol (NUPEF), Universidade Federal de Viçosa – MG, Brasil

E-mail: edsonkruss@hotmail.com

Palavras-chave: Tomada de Decisão, Leitura de Jogo, Categoria de base.

INTRODUÇÃO: A característica de imprevisibilidade do futebol exige do jogador a constante tomada de decisão, para solucionar os problemas advindos do jogo. Além disso, durante o processo de formação de atletas, cada categoria possui características específicas que requer entender em maior detalhe as diferentes faixas etárias. Portanto, para um processo de formação mais qualificado, é necessário avaliar e intervir através do treinamento focado no desenvolvimento individual para potencializar o desenvolvimento individual do atleta e coletivo da equipe.

OBJETIVO: O presente estudo tem por objetivo comparar a capacidade de tomada de decisão ofensiva entre jovens jogadores das categorias Sub-15 e Sub-20.

MÉTODO: Foram avaliados 60 jogadores do sexo masculino, na categoria Sub-15 (n = 27; 14,8±0,4 anos) e na categoria Sub-20 (n = 33; 17,9±0,9) que disputam campeonato estadual por um clube de futebol, que treinam no mínimo 5 vezes por semana. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Viçosa (protocolo 46773721.9.0000.5153). Para avaliar a capacidade de tomada de decisão foi utilizada a plataforma online TacticUP® (www.tacticup.com.br). Para a análise estatística dos dados foram utilizadas análises descritivas e os testes inferenciais de Kolmogorov-Smirnov e Mann-Whitney, considerando p<0,05. Para essas análises foi utilizado o SPSS®, versão 28.0.

RESULTADOS: Foi avaliada a qualidade da tomada de decisão baseada nos princípios fundamentais do futebol. Não foram encontradas diferenças significativas entre as duas faixas etárias. Os valores foram Penetração (Sub-15 = 75,6±16,4; Sub-20 = 72,8±13,4; p = 0,299); Cobertura Ofensiva (Sub-15 = 73,8±14,9; Sub-20 = 72,6±15,6; p = 0,462); Espaço com Bola (Sub15 = 84,8±13,5; Sub-20 = 85,7±13,5; p = 0,759); Espaço sem Bola (Sub-15 = 93,9±4,1; Sub-20 = 94,7±6,6; p = 0,131); Mobilidade (Sub-15 = 64,7±12,5; Sub-20 = 60,9±16,1; p= 0,512); e Unidade Ofensiva (Sub-15 = 35,2±21,2; Sub-20 = 35,3±22,6; p = 0,792)

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Concluiu-se que na equipe avaliada nas categorias Sub-15 e Sub-20, não foram encontradas diferenças significativas na qualidade da capacidade de tomada de decisão nos princípios fundamentais ofensivos no futebol.

Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001. Este estudo também foi financiado pela Lei de incentivo ao Esporte do Governo de Minas Gerais, pelo Programa Academia & Futebol do Ministério da Cidadania, através da Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, pela FAPEMIG, CNPQ, FUNARBE e pela PPG, CCB e Reitoria da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Palacios, P1; Machado, G1; Teoldo, I1
1 Núcleo de Pesquisa e Estudos em Futebol (NUPEF), Universidade Federal de Viçosa, Viçosa - MG, Brasil

E-mail: pedrogpalacios@hotmail.com

Palavras-chave: Tomada de Decisão, Metodologia de Treino, Categorias de Base

INTRODUÇÃO: A tomada de decisão no futebol é fundamental para que os jogadores tenham maior eficiência dentro do jogo. Treinar essa capacidade é função do treinador, através da estruturação e da aplicação do treinamento. Dessa forma, esta estruturação deve privilegiar o desenvolvimento de diversos aspectos importantes para o rendimento dos jogadores em campo. Dentre elas, destaca-se a estruturação para potencializar e desenvolver a habilidade de tomada de decisão por parte dos jogadores. Apesar disso, pouco se sabe se a estruturação do treinamento em categorias de formação no Brasil estimula o desenvolvimento da tomada de decisão, levando-se em consideração os diferentes períodos competitivos.

OBJETIVO: Comparar a estruturação do treinamento entre os períodos Preparatório e Competitivo da categoria sub-20 de um clube da primeira divisão do campeonato brasileiro.

MÉTODO: Foram analisadas 21 sessões de treinos da categoria sub-20 de um clube da primeira divisão do campeonato brasileiro durante o período Preparatório (n=10) e Competitivo (n=11). Utilizou-se protocolos já validados para classificação das atividades dos treinamentos gravados em três categorias e suas respectivas subcategorias. As atividades foram classificadas em i) "tomada de decisão ativa" (TDA), ii) "tomada de decisão não-ativa" (TDNA) e iii) "tipo de tática". A primeira categoria foi subdividida em habilidade ativa, jogos unidirecionais, jogos reduzidos e condicionados bidirecionais, jogos de posse, fases do jogo, e 11x11 oficial. A segunda categoria foi subdividida em técnica isolada e habilidade não-ativa. A terceira categoria, foi subdividida em tática individual, grupal e coletiva. O teste Mann-Whitney foi utilizado para comparação entre os grupos.

RESULTADOS: Verificou-se que não houve diferença significativa entre os períodos, em atividades tanto de TDA (preparatório=85,15±11,16%; competitivo=83,56±18,36%; p=0,973), quanto de TDNA (preparatório=9,88±11,40%; competitivo=15,42±17,33%; p=0,557). Dentro das subcategorias, as atividades com maior predominância tanto no período preparatório quanto no competitivo, foram os "jogos reduzidos e condicionados bidirecionais" (preparatório=54,04±30,96%; competitivo=78,04±22,25%; p=0,850). A única atividade que apresentou diferença significativa entre os dois períodos, foi o "jogos de posse" (preparatório=22,41±22,15%; competitivo=0%; p=0,02.). Além disso, não se verificou diferenças significativas considerando as atividades de tática coletiva (preparatório=88,39±10,29%; competitivo=82,56±18,37%; p=0,809), tática grupal (preparatório=4,12±8,72%; competitivo=4,71±15,61%; p=0,756), e tática individual (preparatório=6,12±9,94%; competitivo=11,70±13,48%; p=0,314).

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ao comparar a estruturação do treinamento entre os períodos Preparatório e Competitivo, da categoria sub-20, conclui-se que a estruturação foi similar, apresentando diferenças em apenas uma das 13 variáveis analisadas. Além disso, verificou-se em ambos os períodos, predominância de atividades de tomada de decisão ativa, jogos reduzidos e condicionados bidirecionais e tática coletiva.

Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001. Este estudo também foi financiado pela Lei de incentivo ao Esporte do Governo de Minas Gerais, pelo Programa Academia & Futebol do Ministério da Cidadania, através da Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, pela FAPEMIG, CNPQ, FUNARBE e pela PPG, CCB e Reitoria da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Pereira, RAL1, Bacalhau, ET2.
1 Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais;2 Universidade Federal do Paraná, Campus Pontal do Paraná, Pontal do Paraná, Paraná.

E-mail: ralazzarottop@gmail.com

Palavras-chave: correlação, futebol, indicadores de desempenho.

INTRODUÇÃO: Em 2019 a Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol foi, pela primeira vez no formato de pontos corridos, conquistada por um treinador estrangeiro. Desde então, há um aumento significativo no número de treinadores estrangeiros no comando das equipes brasileiras, evidenciados pelos dados que são objetos de estudo neste trabalho.

OBJETIVO: Comparar as correlações dos indicadores de desempenho e a performance dasequipes que disputaram a Série A do Campeonato Brasileiro em períodos que antecederam esucederam a conquista da competição pelo treinador estrangeiro.

MÉTODO: A pesquisa tem como origem a matéria publicada no site www.ge.globo.com, querelata o crescimento recorde de treinadores estrangeiros no futebol brasileiro. Esta publicação,em conjunto com estudos previamente desenvolvidos, instigou este estudo comparativo. Paraisto, foi utilizada uma amostra de dados obtida no site www.whoscored.com. A amostra écomposta pelos dados estatísticos da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol entre osanos de 2017 e 2021, exceto por 2019, ano da conquista mencionada, que divide os doisperíodos de análise. Foram estudados sete indicadores para correlacionar a pontuação dasequipes, são eles: passes por minuto de posse de bola; tempo para a recuperação da bola deforma direta; preferência por passes curtos; preferência por ações no terço mais ofensivo docampo de jogo; tempo para receber uma finalização; variação de corredor; e tempo parafinalizar. Por fim, os dados foram tratados utilizando o programa Python.

RESULTADOS: Neste contexto, foram observadas discrepâncias ao se comparar as correlaçõesencontradas nos dois períodos. Destacam-se duas: tempo para a recuperação da bola de formadireta, onde a correlação foi classificada como forte, porém negativa, no período que sucedeua conquista. Já no período antecedente foi moderada, e também negativa; e tempo parareceber uma finalização, com correlação classificada como moderada e positiva, no períodoposterior. No período anterior, classificada como fraca e positiva, e sem significância estatística(p<0,05).

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados obtidos no estudo comparativo deste trabalho mostram que, após a conquista desta competição pelo técnico estrangeiro, a fase defensiva, descrita pelos indicadores de tempo para a recuperação da bola de forma direta e tempo parareceber uma finalização, apresentou uma grande discrepância nas correlações. Isto demonstrauma mudança de comportamento das equipes sem a posse da bola, indicando, em equipescom maiores pontuações, um aumento de ações defensivas mais próximas à baliza doadversário.

Perlasca, F1,2; Machado, G1; Teoldo, I1
1 Núcleo de Pesquisa e Estudos em Futebol (NUPEF), Universidade Federal de Viçosa, Viçosa - MG, Brasil
2 Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, Porto Alegre - RS, Brasil

E-mail: flavioperlascajr@gmail.com

Palavras-chave: Tática, metodologia de treino, tomada de decisão.

INTRODUÇÃO: Com o passar dos anos o jogo de futebol sofreu uma série de mudanças que o transformaram em um esporte mais intenso e que exige do jogador tomar decisões com maior qualidade e rapidez. Em função disso, é de suma importância a aplicação de avaliações objetivas que auxiliem os treinadores a sistematizarem seu treinamento, já que o mesmo é fundamental para o desenvolvimento da capacidade de tomada de decisão dos jogadores em formação.

OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi verificar o efeito de 25 sessões de treinamento, elaboradas com base nos princípios táticos fundamentais, na qualidade e velocidade da tomada de decisão defensiva de jogadores de futebol sub-12.

MÉTODO: A amostra foi composta por 26 jogadores (12,2±0,2 anos de idade), do sexo masculino, da categoria sub-12, de um clube que disputa competições nacionais e possui uma rotina de quatro treinos semanais. O instrumento utilizado para a avaliação da capacidade de tomada de decisão foi a plataforma online TacticUP® (www.tacticup.com.br). Os atletas foram avaliados antes das 25 sessões de treinamento e três dias após a última sessão de treinamento. Os treinamentos foram organizados baseado nos princípios táticos fundamentais do futebol e da necessidade de melhora verificadas através da avaliação no TacticUP®. O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para verificar a distribuição dos dados e na sequência utilizou-se o teste T de medidas repetidas para comparação entre as médias.

RESULTADOS: Considerando a velocidade de tomada de decisão verificou-se melhora nos tempos de resposta (em segundos) para os seguintes princípios: Cobertura Defensiva (pré = 10,4±5,8; pós = 7,5±3,3, p<0,003); Equilíbrio de Recuperação (pré = 9,7±5,2; pós = 7,6±3,9, p<0,02); Equilíbrio Defensivo (pré = 10,2±6,3; pós = 7,9±4,5, p<0,047); Concentração (pré = 9,3±4,6; pós = 6,4±3,2, p<0,002); e Unidade Defensiva (pré = 9,3±4,7; pós = 6,8±3,2, p<0,013). Estes resultados mostram que os treinamentos foram efetivos para a realização da tomada de decisão mais rápida relacionadas a estes princípios. Em relação à qualidade da tomada de decisão não foi encontrada diferença significativa entre o pré e pós intervenção.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pode-se concluir que 25 sessões de treinamento baseadas nos princípios táticos fundamentais defensivos e nas necessidades individuais dos jogadores, melhoraram a velocidade da tomada de decisão em jogadores de futebol sub-12. Dentre as seis variáveis avaliadas verificou-se uma redução significativa no tempo de resposta em cinco delas.

Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001. Este estudo também foi financiado pela Lei de incentivo ao Esporte do Governo de Minas Gerais, pelo Programa Academia & Futebol do Ministério da Cidadania, através da Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, pela FAPEMIG, CNPQ, FUNARBE e pela PPG, CCB e Reitoria da Universidade Federal de Viçosa.

Rezende, V H1; Moreira, P E1; Brandão, L H1; Praça, G M1
1 Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais.

E-mail: vitorhugorezende@ufmg.br

Palavras-chave: Desempenho tático, Tarefa secundária, Pequenos jogos.

INTRODUÇÃO: A realização de tarefas secundárias aumenta as exigências atencionais dos atletas. Observa-se com isso uma queda dos desempenhos no tempo de reação (aumento) e motor. Diante da relevância dos aspectos atencionais no processo decisional dos jogadores de futebol, investigar possíveis impactos de uma tarefa secundária em situação real (Pequenos Jogos-PJ) na tomada de decisão de jogadores de futebol permitirá as comissões técnicas adequaram tarefas no processo de treino. Até o presente momento, não se observam estudos que tenham comparado a influência da realização da tarefa secundária motora e cognitiva no desempenho tático em PJ.

OBJETIVO: Comparar o desempenho tático em jogadores de futebol da categoria sub-13 durante a realização de pequenos jogos com tarefa secundária motora e cognitiva.

MÉTODO: Foram avaliados vinte e quatro jogadores de futebol da categoria sub-13, randomizados e balanceados em três condições experimentais compostas por protocolos de tarefa simples (TS) - PJ sem tarefas adicionais; tarefa secundária motora (TSM) - jogaram o PJ, enquanto equilibravam uma bola de basquetebol sobre um mini cone; e tarefa secundária cognitiva (TSC) - jogaram o PJ, enquanto realizavam a memorização de uma sequência de 7 letras. As três condições experimentais foram realizadas durante PJ com a estrutura GR+3 vs. 3+GR, que foram filmados e avaliados por meio do Sistema de Avaliação Tática no Futebol (FUTSAT). Calculou-se o desempenho tático por meio da divisão dos acertos dos princípios táticos ofensivos e defensivos pelos princípios totais, multiplicados por 100. Os dados foram analisados por meio do ANOVA one-way de medidas repetidas e post-hoc de Tukey. O nível de significância adotado foi de P<0,05. Também foi calculado o tamanho do efeito.

RESULTADOS: A análise estatística demostrou diferença significativa no desempenho tático entre os protocolos (F=12,57; p=0,001; np2=0,211, efeito mínimo). Os jogadores apresentaram maior desempenho tático no protocolo de TS (72,1±0,8) em comparação aos demais protocolos de TSM (55,73±0,14) e TSC (63,69±0,13) (p<0,05). Além disso, os jogadores apresentaram maior desempenho no protocolo TSC em comparação ao protocolo TSM (p<0,05).

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados do presente estudo sugerem que a realização de uma tarefa secundária prejudica o desempenho tático de jogadores de futebol sub-13 durante PJ. Esse trabalho apresenta possibilidades da utilização de tarefas secundárias realizadas durante PJ como tarefas de treino com o objetivo de aumentar as exigências atencionais do jogador. Essas tarefas podem auxiliar treinadores durante o processo de treinamento, otimizando o desempenho motor e cognitivo dos jogadores de futebol.

Agradecimentos: Programa de Apoio a Mestrandos – PAME da Universidade Federal de Minas Gerais.

Valentim, T1; Machado, G1; Teoldo, I1
1Núcleo de Pesquisa e Estudos em Futebol (NUPEF), Universidade Federal de Viçosa, Viçosa - MG, Brasil.

E-mail: thiago-valentim@outlook.com

Palavras-chave: Tomada de decisão, Leitura de Jogo, Intervenção.

INTRODUÇÃO: No futebol a tomada de decisão tem sido um fator importante para que jogadores possam conseguir um alto nível de desempenho. Contudo, estudos indicam que a habilidade de tomada de decisão é necessária para o desenvolvimento dos atletas ao longo da sua formação. Para isso, deve-se desenvolver a capacidade de percepção, antecipação e tomada de decisão, através de treinamentos ajustados de acordo com as necessidades individuais de melhora do atleta.

OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi verificar o efeito de 25 sessões de treinamento, organizadas a partir dos princípios táticos fundamentais, na qualidade e velocidade da tomada de decisão defensiva em jogadores de futebol da categoria sub-13.

MÉTODO: A amostra foi composta por 18 jogadores de linha (12,9±0,2 anos de idade), do sexo masculino, da categoria sub-13, que competem a nível nacional e treinam quatro vezes por semana. Para avaliação da capacidade de leitura de jogo e tomada de decisão foi utilizado a plataforma online TacticUP® (www.tacticup.com.br). Os atletas foram avaliados em dois momentos: i) antes das 25 sessões de treinamento; e ii) no dia seguinte ao término da última sessão. O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para verificar a distribuição dos dados e na sequência utilizou-se o teste T de medidas repetidas para comparação entre as médias. O nível de significância considerado foi de p<0,05.

RESULTADOS: Em relação à qualidade da tomada de decisão, verificou-se os seguintes dados: Contenção (pré = 73,3±16,7; pós = 75,8±21,5, p<0,653); Cobertura Defensiva (pré = 59,6±18,2; pós = 59,1±18,0, p<0,904); Equilíbrio (pré = 79,1±18,0; pós = 82,4±23,1, p<0,502), Concentração (pré = 74,9±23,6; pós = 82,2±16,3, p<0,191), Unidade Defensiva (pré = 52,8±14,7; pós = 55,9±7,9, p<0,497) , Defensivo Geral (pré = 67,6±9,1; pós = 69,6±8,3, p<0,396). No que se refere à velocidade de tomada de decisão, também não foram verificadas diferenças significativas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que as 25 sessões de treinamento, planejadas a partir dos princípios táticos fundamentais defensivos, apesar de ter sido sistematizado os conteúdos, não foram organizadas as interações a partir das necessidades individuais dos atletas. Isso mostra que existe a necessidade de organizar as interações das atividades de acordo com as necessidades dos atletas, não apenas os conteúdos, uma vez que não foi verificada melhora da tomada de decisão após o período de intervenção.

Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001. Este estudo também foi financiado pela Lei de incentivo ao Esporte do Governo de Minas Gerais, pelo Programa Academia & Futebol do Ministério da Cidadania, através da Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, pela FAPEMIG, CNPQ, FUNARBE e pela PPG, CCB e Reitoria da Universidade Federal de Viçosa.

Alhadas, R D1; Toledo, H C1;Cardoso, F S L1
1Universidade Federal de Juiz de Fora;

E-mail: rayanealhadas@hotmail.com

Palavras-chave: Gestão do Esporte, Economia esportiva, Futebol.

INTRODUÇÃO: O futebol é um esporte que movimenta cifras bilionárias, superior a todas as outras modalidades. Ele possui uma ampla e complexa cadeia econômica, sendo a cadeia produtiva indireta relacionada ao setor logístico, alimentício, hotelaria, materiais esportivos, entre outros, de suma importância para a modalidade. Os segmentos relacionados à cadeia produtiva, são de grande necessidade para os clubes e cidades sedes, gerando impactos diretos e indiretos na economia local.

OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo analisar os indicadores econômicos pré-competitivos do Sport Club Juiz de Fora na cidade de Juiz de Fora - MG.

MÉTODO: A metodologia da pesquisa é de caráter descritivo e abordagem qualitativa e quantitativa. O clube foi escolhido por conveniência e o período pré-competitivo a ser analisado será referente a 5a Copa Cidade São Ludgero - SC. Foi realizada uma entrevista semiestruturada com membros da comissão técnica e administrativa do Sport Club Juiz de Fora. A entrevista tinha um roteiro previamente elaborado com perguntas referentes aos gastos relacionados com a cadeia produtiva indireta no período que antecede a competição. Foram considerados apenas os gastos com empresas e serviços localizados na cidade de Juiz de Fora – MG durante o período que antecedeu a competição.

RESULTADOS: Os resultados apontam que no período pré-competitivo foram observados no clube gastos com empresas e serviços localizados na cidade de Juiz de Fora - MG em 3 segmentos, sendo eles: transporte, alimentação e vestuário. Os valores de custo foram, respectivamente, transporte: R$ 27.000,00; alimentação: R$ 770,43; vestuário: R$ 11.681,92. Totalizando um gasto de R$ 39.452,35 somente com os 3 segmentos supracitados e com empresas e serviços locais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos resultados, podemos inferir que os indicadores econômicos têm impacto positivo na economia local, visto que o clube, em uma única competição e considerando apenas transporte, alimentação e vestuário, gera uma renda superior a R$ 39.000,00. Nesses cálculos não foram considerados os custos dos profissionais e os gastos por parte dos atletas para a viagem. Ao incluir todas as variáveis, é suposto que esse impacto seja ainda maior.

Guedes, M P J1, Cardoso, F S L2
1Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-Minas Gerais;2 Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora-Minas Gerais

E-mail: matheus.guedes@usp.br

Palavras-chave: Gestão, Desempenho Financeiro.

INTRODUÇÃO: O futebol é visto não apenas como esporte e lazer, mas também como negócio. Seguindo a analogia do mercado: os torcedores são os consumidores e o jogo, o ativo negociado. Portanto, como uma empresa de qualquer outro setor, necessita-se ter equilíbrio financeiro. O faturamento e a atração de novos torcedores são desejáveis aos clubes e estão certamente relacionados ao desempenho esportivo apresentado pelas agremiações de futebol profissional.

OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi analisar se os indicadores econômicos e financeiros dos principais clubes de futebol do Brasil estão relacionados ao desempenho esportivo alcançado por essas associações, segundo a CBF.

MÉTODO: A amostra dos clubes selecionados se deu a partir da participação em todas as edições entre os anos de 2016 e 2021 na Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol Masculino, totalizando nove equipes. Essa abordagem sugere investigar a correlação entre as variáveis independentes: receitas, despesas, EBITDA ("Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização", em inglês) e endividamento com a variável dependente: ranking da CBF. Tais dados foram coletados através do compilado realizado pelo Itaú BBA - Análises Econômicas | Itaú BBA- do demonstrativo financeiro anual de cada clube, e o ranking anual através da página oficial da CBF - Ranking Nacional de Clubes da CBF. Adotou-se a Correlação de Spearman, que é uma medida para correlação de postos (dependência estatística entre a classificação de duas variáveis). Os cálculos e as tabelas elaboradas para apresentação resumida e padronizada dos resultados foram realizados através do software Jamovi, versão 2.3.13.

RESULTADOS: Os resultados apontam que entre os quatro tópicos avaliados, aquele que mais se destacou foi instalações físicas (62,1%) seguido, respectivamente, por logística (60,9%), recursos materiais (56,7%) e recursos humanos (53,5%). Entre os tópicos, o maior grau de satisfação foi verificado para logística, seguido por recursos humanos, instalações físicas e recursos materiais. Cabe destacar que a comissão técnica destacou prioritariamente logística (66,7%) enquanto os atletas notam as instalações físicas (63,8%) como melhor.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em geral, os integrantes do clube consideraram as instalações físicas como o melhor dos quatro tópicos, mas mostraram-se mais satisfeitos com a logística. Entretanto, ao comparar as respostas da comissão técnica e dos atletas, existem diferenças nos tópicos que julgam mais relevantes.

Lima, M F1; Cardoso, F S L1
1 Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora - MG

E-mail: milena_flima@hotmail.com

Palavras-chave: futebol, infraestrutura, formação.

INTRODUÇÃO: É comum que, desde cedo, crianças façam partes de clubes de formação em futebol, buscando realizar o sonho de se profissionalizar. Para que isso ocorra, diversos aspectos devem estar integrados, potencializando a formação e a qualificação dos jogadores. Entre os aspectos, uma que denota bastante importância e a infraestrutura dos clubes de formação.

OBJETIVO: Avaliar a infraestrutura de um clube de formação da cidade de Juiz de Fora, a partir de uma perspectiva macro, considerando as instalações físicas, recursos humanos, recursos materiais e logística.

MÉTODO: A metodologia da pesquisa é de caráter descritivo e abordagem qualitativa e quantitativa. O clube foi escolhido por conveniência e a amostra, composta por 32 participantes, sendo que 9,4% (n=3) eram membros da comissão técnica e 90,6% (n=29) eram atletas. Foi elaborado um formulário com questões dicotômicas acerca de quatro tópicos: 1) instalações físicas, 2) recursos humanos, 3) recursos materiais e 4) logística. Para cada resposta positiva, a satisfação do participante foi avaliado através da escala de Likert. Após a coleta dos dados os mesmos foram tabulados em uma planilha ad hoc do Excel e posteriormente organizada para análise. Foi realizada uma análise descritiva dos resultados para identificação da percepção dos participantes sobre a infraestrutura do clube.

RESULTADOS: As análises dos dados demonstram algumas particularidades para quatro dos nove clubes analisados. Encontrou-se uma correlação forte (0,89) entre Ranking x EBITDA, porém, quando testados ao nível de significância de 5% ou menor obteve-se um valor ligeiramente maior (5,8%). Para o Corinthians, os dados apontam uma correlação significativa e negativa para Ranking x Dívida (-0,94). No que lhe concerne, o Flamengo apresenta uma relação forte (0,83) entre Ranking x Despesas, porém com p ligeiramente maior (5,8%). E, por último, o Fluminense, apresentou uma correlação significativa e muito forte entre Ranking x Despesas (0,94). Para os demais clubes, não se obteve correlação estatística significativa entre os indicadores econômico-financeiros e desempenho esportivo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: De forma geral, não é possível estabelecer relação entre as hipóteses levantadas. Porém, para alguns clubes, determinados indicadores estão correlacionados com seu desempenho esportivo, confirmando a possibilidade de que, historicamente, a gestão financeira está ligada ao seu desempenho dentro das quatro linhas.

Sant'Anna, M V1; Fernandes, R N1; Marques, H F1; Bovo, V A1;Menezes, M S1
1CBF Academy, Teresópolis, Rio de Janeiro.

E-mail: henrique.marques@estudante.ufjf.br

Palavras-chave: Futsal, Formação, Rendimento.

INTRODUÇÃO: Dentro da formação esportiva no Brasil, o futsal é reconhecidamente uma modalidade cujo acesso e viabilidade de prática permite a participação de um maior número de adeptos. Além desta questão, as características do futsal favorecem o desenvolvimento do potencial esportivo dos jogadores, por exemplo, os jogadores na prática do futsal tocam na bola 600% mais vezes, esse fato favorece o aprendizado de diversos conceitos técnico-táticos. Dadas as características do treino e do jogo de futsal, atualmente os clubes de futebol têm voltado sua atenção para o potencial formativo que a modalidade possui, sobretudo ao se pensar na transferência de habilidades para o futebol de campo.

OBJETIVO: Identificar se os clubes brasileiros das séries A e B possuem algum modelo de gestão integrada dos Departamentos de Futsal e de Futebol de Base.

MÉTODO: A amostra foi composta por 25 clubes de futebol das Séries A e B. Os questionários foram elaborados a partir de uma perspectiva quali-quanti (ou mista) descritiva. Cada questionário foi composto com 03 modelos de perguntas (abertas, fechadas, dependentes). Os questionários foram convertidos para o formato on-line via Google Forms e encaminhados para os gestores dos clubes. Após as respostas terem sido recebidas, foram adicionadas a uma planilha ad hoc criada. Posteriormente à organização dos dados, foi realizada uma análise descritiva para obtenção do resultado.

RESULTADOS: Entre os 20 clubes entrevistados da Série A, acrescidos dos 05 clubes da Série B, 72% dos clubes possuem o Departamento de Futsal integrado ao de futebol. Por outro lado, 28% dos clubes afirmaram que não possuem em sua estrutura um Departamento de Futsal e/ou nenhum tipo de relação com a prática simultânea entre o Futsal e o Futebol em seus processos formativos. Contudo, entre os 28% dos clubes sem o Departamento de Futsal estruturado, todos afirmaram ter interesse na criação dele.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: De forma geral, é possível concluir que a maior parte dos clubes de destaque no futebol brasileiro, adotam formas de integração e inclusão do Futsal nos processos de captação, formação e transição do futebolista, não competindo internamente e/ou esportivamente com o Futebol, sendo pertinente adoção de modelos de gestão integrados, mesmo que parcialmente adequados para esse intento. Na pesquisa, também se identificou que muitos clubes, onde não há a refererida integração, manifestaram intenção de implementá-la futuramente.

Bianchi, V1; Cardoso, F S L1
1 Universidade Federal de Juiz de Fora

E-mail: vfb2162@gmail.com

Palavras-chave: futebol, percepção, cognição.

INTRODUÇÃO: O desenvolvimento perceptivo é de muita importância nos seres humanos, porque consistem nas mudanças progressivas ocorridas em experiências do passado. Um atleta só corresponde às exigências do jogo, quando possuir ampla e qualitativa experiência adquirida ao longo dos anos, dessa forma, capaz de perceber e processar uma melhor percepção visual.

OBJETIVO: Realizar uma Revisão sistemática para verificar a influência da percepção visual na performance de jogadores de futebol.

MÉTODO: Esta revisão sistemática foi realizada de acordo com as recomendações estabelecidas pelo método PRISMA – Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis. O critério de inclusão dos artigos seguiu as diretrizes do acrônimo PICO – Participantes, intervenção, comparação e resultados. As pesquisas foram realizadas a partir da base de dados Web of Science, apenas com artigos publicados entre 2021 e 2022. As seguintes palavras-chave foram usadas de forma combinada, utilizando os operadores booleanos AND ou OR: ("futebol" OR "soccer") AND ("percepção visual" OR "visual perception" OR "perceptive-cognitive") AND ("performance" OR "desempenho" OR "influência"). Após as buscas, foi realizada uma busca reversa a partir das referências dos artigos selecionados para complementar a seleção dos artigos. As buscas na Web of Science foram realizadas de maneira independente por dois pesquisadores. Foram selecionados apenas artigos em português e inglês sobre o tema pesquisado. A seleção dos artigos era iniciada pela leitura do título e resumo, e posteriormente os pesquisadores faziam a leitura completa do documento a fim de verificar se atendiam a todos os critérios de inclusão.

RESULTADOS: Os resultados retornaram com 32 artigos. Após a exclusão dos artigos duplicados e outras análises mais criteriosa foram escolhidos 3 artigos para esta revisão. Os artigos selecionados apontam que a percepção visual é um fator de grade impacto na performance. Os artigos mostram que jogadores com melhores habilidades na hora de buscar a informação visual no jogo e treino apresentam melhores tomadas de decisões no jogo. Além disso é possível observar que jogadores com maiores capacidades de "mapear" o ambiente, tendem a serem mais inteligentes taticamente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos resultados, conclui-se que a percepção visual é um fator determinante para a performance de jogadores de futebol.

Costa, E1; Cardoso, F S L1
1 Universidade Federal de Juiz de Fora

E-mail: eduardocostamalhado@gmail.com

Palavras-chave: futebol, percepção, cognição.

INTRODUÇÃO: A psicologia, e a percepção de um atleta é extremamente importante para a sua performance no campo de futebol. Devido as habilidades psicológicas serem capacidades especiais para regular, expandir e aperfeiçoar os modos de atuação e eficácia dos estados de concentração, motivação ativação mentalização e outros

OBJETIVO: Realizar uma Revisão sistemática para verificar a influência da percepção na performance de jogadores de futebol.

MÉTODO: Esta revisão sistemática foi realizada de acordo com as recomendações estabelecidas pelo método PRISMA – Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis. O critério de inclusão dos artigos seguiu as diretrizes do acrônimo PICO – Participantes, intervenção, comparação e resultados. As pesquisas foram realizadas a partir da base de dados Web of Science, apenas com artigos publicados entre 2021 e 2022. As seguintes palavras-chave foram usadas de forma combinada, utilizando os operadores booleanos AND ou OR: ("futebol" OR "soccer") AND ("percepção" OR "perception" OR "perceptive") AND ("performance" OR "desempenho" OR "influência"). Após as buscas, foi realizada uma busca reversa a partir das referências dos artigos selecionados para complementar a seleção dos artigos. As buscas na Web of Science foram realizadas de maneira independente por dois pesquisadores. Foram selecionados apenas artigos em português e inglês sobre o tema pesquisado. A seleção dos artigos era iniciada pela leitura do título e resumo, e posteriormente os pesquisadores faziam a leitura completa do documento a fim de verificar se atendiam a todos os critérios de inclusão.

RESULTADOS: Os resultados retornaram com 92 artigos. Após a exclusão dos artigos duplicados e outras análises mais criteriosa foram escolhidos 4 artigos para esta revisão. Os artigos selecionados apontam que a percepção é um fator de grade impacto na performance. Jogadores que apresentam melhores índices de percepção visual, periférica, visuo-motora tendem a apresentar mais vantagens técnico-táticas e melhores tomadas de decisões no jogo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos resultados, conclui-se que a percepção é um fator determinante para a performance de jogadores de futebol.

Oliveira, L N C1; Cardoso, F S L1
1Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora-MG, Brasil.

E-mail: leonardoncmengo@gmail.com

Palavras-chave: Motivação, Futebol, Categoria de Base.

INTRODUÇÃO: O futebol de base exige muita dedicação aos treinos, junto com a rotina de campeonatos aos fins de semana e processo de escolarização do adolescente. Estudar a motivação dos atletas de futebol ajuda na sensibilidade de entender possíveis problemas de motivação no treinamento e na competição.

OBJETIVO: Realizar uma Revisão sistemática para verificar o nível de motivação para prática do futebol de jogadores das categorias de base.

MÉTODO: Esta revisão sistemática foi realizada de acordo com as recomendações estabelecidas pelo método PRISMA – Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis. O critério de inclusão dos artigos seguiu as diretrizes do acrônimo PICO – Participantes, intervenção, comparação e resultados. As pesquisas foram realizadas a partir da base de dados Web of Science, apenas com artigos publicados entre 2021 e 2022. As seguintes palavras-chave foram usadas de forma combinada, utilizando os operadores booleanos AND ou OR: ("futebol" OR "soccer") AND ("Motivação" OR "Motivation" OR "Motivacíon"). Após as buscas, foi realizada uma busca reversa a partir das referências dos artigos selecionados para complementar a seleção dos artigos. As buscas na Web of Science foram realizadas de maneira independente por dois pesquisadores. Foram selecionados apenas artigos em português, espanhol e inglês sobre o tema pesquisado. A seleção dos artigos era iniciada pela leitura do título e resumo, e posteriormente os pesquisadores faziam a leitura completa do documento a fim de verificar se atendiam a todos os critérios de inclusão.

RESULTADOS: Os resultados retornaram com 27 artigos. Após a exclusão dos artigos duplicados e outras análises mais criteriosa foram escolhidos 5 artigos para esta revisão. Os artigos selecionados apontam que a motivação é um fator de grade impacto na performance de jogadores das categorias de base. Os artigos mostram ainda que a motivação intrínseca em jogadores das categorias de base é mais elevada em comparação com não jogadores de futebol.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos resultados, conclui-se que a motivação é um fator determinante para a performance de jovens jogadores de futebol e uma das variáveis que pode condicionar as chances de atingirem o alto rendimento.

Silva, M1
1 Universidade Federal de Juiz de Fora;

E-mail: mauriciosilva.fut@gmail.com

Palavras-chave: motivação; futebol; pandemia.

INTRODUÇÃO: A motivação entendida como algo norteador, que dirige a conduta, força e natureza de um esforço, podendo ser considerada uma variável fundamental que faz com que se inicie, aprenda, evolua e gere desempenho nas práticas motoras. Um estudo feito por Santos et al. (2011) aponta que os fatores que mais levam a prática do esporte é saúde e condicionamento físico, fatores estes que mais duram ao longo da vida. Fonseca et al. (2010) cita motivos importantes, como desenvolvimento e a demonstração de habilidades, a saúde, forma física a afiliação (a clubes, escolas, empresário, etc.) e o prazer.

OBJETIVO: Objetivo deste estudo é identificar a motivação para a prática de futebol de atletas das categorias sub-15 e sub-17 do Sport Club Juiz de Fora, comparando os períodos pré-isolamento, de isolamento e pós-isolamento social.

MÉTODO: Foi realizada uma pesquisa com 35 atletas do Sport Club Juiz de Fora das categorias Sub-15 e Sub-17 através de um questionário semiestruturado composto por perguntas do IPAQ (OMS, 1998), e de outro questionário validado (Fundação Oswaldo Cruz; UFMG; UNICAMP, 2020). Também foram elaboradas perguntas para este trabalho.Para a aplicação do questionário reunimos os atletas no dia 30/05/2022, cada categoria separadamente, para explicarmos a eles como seria feita a pesquisa, qual o objetivo, além de apresentar o Termo de Concordância Livre e Esclarecida (TCLE).Foi usada a plataforma Google Forms para aplicação desta pesquisa. As respostas dadas pelos atletas foram diretas para uma planilha do Excel, função esta que o próprio Google Forms disponibiliza.

RESULTADOS: No período pré-pandemia, os 35 entrevistados do Sport Club praticavam futebol, e tinham como as principais motivações o alto rendimento, condicionamento físico e saúde respectivamente. No período de isolamento social, houve uma queda 25%, os que seguiram praticando futebol, tinham as motivações de condicionamento físico, saúde e auto rendimento. Após a volta das atividades, os 35 atletas retornaram, tendo como motivações o alto rendimento, condicionamento físico e saúde.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: O período pandêmico de isolamento, mudou o hábito das pessoas ao redor do mundo, atletas de futebol das categorias de base também foram afetados. Notou-se que durante o isolamento social houve uma queda significativa de praticantes de futebol, mas com as flexibilizações e volta dos treinos, todos os 35 atletas voltaram as práticas. As principais motivações, nos três períodos, era o alto rendimento, condicionamento físico e saúde.

Caríssimo, J M N1; Rosa, E S2; Moreira, R L2; Ferreira, R M2
1 Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais; 2 Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais.

E-mail: joaomarceloniquini@gmail.com

Palavras-chave: Treinadores, Futebol, Contexto imediatista.

INTRODUÇÃO: No futebol brasileiro, permeia-se uma cultura imediatista em relação ao trabalho dos treinadores que resulta em instabilidade no cargo e exige elevado nível de conhecimento profissional nas diversas áreas, por exemplo, nas metodologias de treinamento.

OBJETIVO: Relatar a visão de treinadores das categorias de base do futebol brasileiro sobre metodologias de trabalho e o efeito do contexto imediatista.

MÉTODO: Seis treinadores da base do futebol nacional masculino participaram do estudo, sendo que os mesmos pertenciam, em 2012, a times que disputaram as principais competições nacionais. Ter a partir de três anos de experiência e ser formado em Educação Física e/ou ter experiência como treinador de 3 anos seguidos ou 5 anos alternados foram os critérios de inclusão adotados. Os treinadores preencheram a uma ficha de caracterização e responderam a uma entrevista delimitada por um roteiro de entrevista semiestruturada, o qual contemplou as metodologias e perspectivas sobre o contexto imediatista na modalidade. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética.

RESULTADOS: Foi relato pelos treinadores que todas as metodologias, são importantes para a evolução da equipe, desde o aprimoramento de gestos técnicos á o viés sistêmico para a melhora do jogo. O que é fundamental, a partir dos relatos, é deixar claro para o atleta os objetivos de cada sessão de treino. Outro fator exposto é sobre a importância de se ter claro as ideias e filosofias de jogo, além do estilo de liderança do treinador, para com isso permitir escolher/adaptar determinada metodologia e trabalhar com eficiência no contexto que se encontra. Foi visto que os treinadores não excluem totalmente uma metodologia dentro do seu cotidiano e que o contexto imediatista é prejudicial durante seu trabalho, tanto para o treinador, quanto para o atleta.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi observado nas entrevistas que diversas metodologias são utilizadas pelos treinadores, utilizando do analítico ou sistêmico. Além disso, percebeu-se que o imediatismo vem gradativamente chegando nas categorias de base, onde valoriza-se os resultados em detrimento do processo de formação. Ainda, foi exposto pelos treinadores sobre as cobranças e planejamento a curto prazo dos clubes, de modo que regularmente eles precisam de um "salvador" imediato, entretanto, o planejamento a médio-longo prazo fica à deriva dos resultados.

Agradecimentos: Universidade Federal de Ouro Preto/MG, Edital 04/2021 – PIBIC/CNPq – 2021-2022.

Monteiro, F1; Costa, T1; Machado, J C1
1Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus-AM

E-mail: felipeguerram21@gmail.com

Palavras-chave: Futebol, Tempo, Tática.

INTRODUÇÃO: O contexto competitivo no futebol é altamente dinâmico e complexo, onde os jogadores necessitam ajustar suas ações aos constrangimentos que emergem no jogo. Diversos instrumentos de avaliação foram validados com o objetivo de avaliar o comportamento e o desempenho tático de jogadores de futebol em contato de jogo. No entanto, uma das principais discussões está relacionada ao tempo de jogo necessário para que se possa realmente avaliar o potencial tático dos jogadores, bem como a necessidade de adaptarmos esse tempo em função das categorias e do nível de desempenho dos jogadores e compreender como os jogadores coordenam suas ações é fundamental para que treinadores possam proporcionar aos seus atletas sessões de treino que possam potencializar o comportamento tático deles.

OBJETIVO: Investigar a influência da manipulação do tempo de jogo sobre o comportamento tático de jovens futebolistas de diferentes níveis de desempenho.

MÉTODO: Participaram do estudo 16 jogadores da categoria Sub-17 de uma escola de futebol. Estes jogadores foram submetidos ao Protocolo de Wilson et al. 2021 para serem avaliados quanto ao desempenho (alto e baixo nível) e foram selecionados os 8 de cada nível que completaram 10 ou mais jogos dentro do protocolo. Estes participaram de jogos reduzidos nas configurações 3vs3 (campo de 29x23m) e 4vs4 (campo de 34x26m), em diferentes regimes de tempo: Condição 01: 04 minutos; Condição 02: 08 minutos; Condição 03: 12 minutos; Condição 04: 16 minutos; Condição 05: 20 minutos. O comportamento e desempenho tático dos jogadores foram avaliados através do sistema WIMU PRO™, um dispositivo GPS de 10Hz, por meio do índice de exploração espacial (IEE), tratado no software Matlab. Foi utilizada uma Anova Two-Way para comparar o comportamento tático em função das variáveis (tempo de jogo e idade).

RESULTADOS: Diferenças significativas no IEE somente não foram encontradas no jogo 3v3 de alto nível com a condição 02 (p>0,050) e no jogo 4v4 de baixo nível com a condição 03 (p>0,050).

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Concluiu-se que estas estratégias de manipulação de tempo impactaram no comportamento tático de jovens futebolistas de diferentes níveis de desempenho.

Amorim, E1; Machado, G1; Teoldo, I1
1 Núcleo de Pesquisa e Estudos em Futebol (NUPEF), Universidade Federal de Viçosa, Viçosa - MG, Brasil

E-mail: ejramorim30@gmail.com

Palavras-chave: Análise de redes, Futebol feminino, Brasileiro feminino.

INTRODUÇÃO: O uso da análise da rede de passes tem sido utilizado para identificar os padrões de jogo das equipes em partidas oficiais. Entretanto, poucos estudos o relacionam com indicadores de desempenho considerando o mando de campo e no contexto do futebol feminino.

OBJETIVO: Comparar as interações de análise redes e indicadores de desempenho em função do mando de campo.

MÉTODO: Foram analisadas 15 partidas de uma mesma equipe na primeira fase do Campeonato Brasileiro A1 do ano de 2021, sendo partidas disputadas em casa (n = 7) e fora (n = 8). Após as partidas foram recolhidos dados de desempenho da equipe na plataforma Instat: número de interações, interações/minutos, posse de bola (%), tempo de posse de bola, ataques realizados, ataques realizados com finalização (%), finalizações e gols marcados. Para análise estatística foi realizado o teste de Shapiro-Wilk para verificar a distribuição dos dados e em seguida utilizou-se o teste t de medidas independentes. Foi considerado o nível de significância de p < 0,05.

RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças significativas para as variáveis analisadas. O número de interações encontrado foram (Mandante = 283,43 ± 40,88) e (Visitante = 273,13 ± 60,52). O número de ataques realizados foi (Mandante = 89,29 ± 21,43) e (Visitante = 96,63 ± 12,51). Além disso, o número de ataques realizados com finalização (%) foi (Mandante = 0,13 ± 0,04) e (Visitante = 0,10 ± 0,04).

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Concluiu-se que a equipe manteve o padrão de jogo independente do local da partida. Além disso, obteve um número semelhante de interações e efetividade nos ataques realizados em partidas como mandante e visitante.

Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001. Este estudo também foi financiado pela Lei de incentivo ao Esporte do Governo de Minas Gerais, pelo Programa Academia & Futebol do Ministério da Cidadania, através da Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, pela FAPEMIG, CNPQ, FUNARBE e pela PPG, CCB e Reitoria da Universidade Federal de Viçosa. Gostaríamos de agradecer, também, aos membros das comissões técnicas que auxiliaram na montagem e execução deste estudo.

Castro, P1; Araújo, A1; Caniato, A1; Couto, L F1; Sarto, B1; Lima, M1
1Sport Club Juiz de Fora, Juiz de Fora - MG

E-mail: pedrolamas99@gmail.com

Palavras-chave: Futebol. Categoria de Base. Análise de gols.

INTRODUÇÃO: O futebol e sua evolução (dentro e fora de campo) têm sido cada vez mais estudados pela comunidade acadêmica. Nesse cenário, é possível ofertar aos clubes de futebol dados e análises capazes de colaborar para o desenvolvimento dos processos de ensino aprendizagem-treinamento acerca do maior objetivo do jogo de futebol: o gol.

OBJETIVO: Caracterizar os gols das equipes Sub11 e Sub13 de um clube de futebol em um Campeonato de Base, quanto ao contexto técnico-tático, local do campo e período em que ocorreu.

MÉTODO: Esta pesquisa tem caráter descritivo-observacional, que consiste em uma avaliação de vídeo do perfil de gols de cada equipe (Thomas, Nelson e Silverman, 2007). A amostra foicomposta por 15 Gols da equipe Sub-11, 4 realizados e 11 sofridos e 19 Gols da equipe Sub-13, 4 realizados e 15 sofridos. Os gols foram caracterizados: Contexto Técnico-tático (Troca de passes, Jogadas individuais, Lançamentos, Chutes de Fora da Área, Cruzamentos, Contra ataques e Bolas Paradas), Local do campo (Setor Médio Ofensivo Esquerdo, SMOC, SMOD, SOE, SO Central e SOD) e Tempo de ocorrência (Sub-11: gols realizados de 0 a 12'30", de 12'30" a 25', de 25' a 37'30" e de 37'30" a 50'; Sub-13: gols realizados de 0 a 15', de 15' a 30', de 30' a 45' e de 45' a 60').

RESULTADOS: No Contexto Técnico-Tático, na categoria Sub-11, tanto os gols realizados, quanto os sofridos ocorreram em maior frequência nas Bolas paradas (75%) e (36,3%), respectivamente. Já na categoria Sub-13, ocorreram nos Lançamentos (75%) e os gols sofridos tiveram maior evidência nos Cruzamentos (33,3%). Quanto ao Local do Campo, os gols realizados no Sub-11 foram no SOC (100%) e no Sub-13, no SOD (50%). Já o local em que as equipes Sub-11 e Sub-13 Sofreram mais gols, destacou-se o SOC (81,8%) e (66,6%), respectivamente. O Tempo de ocorrência dos gols no Sub-11 ficou entre 12´30" a 25' (50%) e pela equipe Sub13, entre 0' a 15' (100%). Sofridos pela Sub-11, em sua maioria, ocorreram entre 12'30" a 25' (36,3%) e pela Sub-13, entre 0' a 15' (40%).

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos resultados, conclui-se que tanto os gols realizados quanto os sofridos, na Sub11, ocorreram nas Bolas Paradas, no SOC e na segunda metade do 1ºtempo. Na Sub13, os gols foram realizados nos Lançamentos, no SOD e na primeira metade do 1º tempo. Os sofridos, nos Cruzamentos, no SOC e na primeira metade do 1º tempo.

Junior, A1
1Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora - MG

E-mail: alessandro.teixeira@estudante.ufjf.br

Palavras-chave: mando, classificação, mata-mata

INTRODUÇÃO: A vantagem de se atuar como mandante em competições de futebol tem se demonstrado um fator importante para a obtenção de sucesso dentro do campeonato. De modo geral as equipes tendem a ter um aproveitamento sempre superior em seus estádios, sendo que, este aproveitamento está ligado a influência de fatores como o apoio da torcida, menor desgaste emocional e a pressão da torcida sobre os árbitros. Este fator parece afetar equipes tanto em jogos de campeonatos longos como em copas, onde existem jogos de mata-mata e a equipe por vezes tem a chance de realizar o segundo jogo em casa.

OBJETIVO: O objetivo do estudo busca analisar se as equipes que decidiram os jogos da fase mata-mata da edição 2021/2022 da Champions League e da Libertadores 2021 obtiveram maior percentual de sucesso.

MÉTODO: Foram analisados 28 confrontos, considerando apenas o sucesso ou o não sucesso das equipes que decidiram os jogos em casa. A coleta dos dados foi realizada em sites especializados e conteve os dados referentes as equipes participantes, o mando de campo da partida e seus resultados. Para este trabalho levou-se em consideração o percentual de vitórias em casa e fora de casa. Os resultados referentes aos jogos das fases de grupo e da final do campeonato foram excluídos da amostra. Como tratamento estatístico, foi realizada analise descritiva dos dados, e recorreu-se a utilização dos testes Shapiro-Will e qui-quadrado. O nível de significância utilizado foi de p<0,05.

RESULTADOS: Entre os 28 confrontos analisados, quinze equipes que decidiram em seu mando conseguiram a classificação, sendo sete da Champions League e oito da libertadores.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Através dos estudos realizados, foi possível verificar uma igualdade na fase mata-mata da Champions League, onde dos 14 confrontos apenas 50% (7 equipes) que decidiram em casa obtiveram sucesso. Enquanto na Libertadores houve uma vantagem de 57,14% (8 equipes) para times que realizaram o 2º jogo em seu mando.

Lima, J G1; Ferreira, M A1
1Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora - MG

E-mail: jgeraldolima72@gmail.com

Palavras-chave: Posse de bola, Campeonato Brasileiro de Futebol.

INTRODUÇÃO: A posse de bola constitui-se na razão entre o tempo que uma equipe permanece com a bola e o tempo total de bola rolando. Este indicador pode ser um fator que caracteriza equipes de sucesso no futebol. Contudo, os estudos, principalmente os que consideram esta variável no Brasil ainda são bastante heterogêneos, identificando que não há uma congruência direta entre a posse de bola e o resultado final de um jogo. Assim, a investigação do perfil dos clubes e sua relação com a posse de bola na Série A do Campeonato Brasileiro faz-se necessário.

OBJETIVO: Verificar a influência da posse de bola entre os quatro primeiro (G4) e quatro últimos colocados (Z4) da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol do ano de 2021.

MÉTODO: Foram analisados os 304 jogos referentes À Série A do campeonato brasileiro disputado de 2021. Os dados foram coletados no site público "ogol.com.br". Foram analisados os valores totais referentes à posse de bola de cada jogo e o consequente resultado da partida (i. e. empate, vitórias ou derrotas). Para análise dos dados foram utilizados apenas os clubes que ao final do campeonato estavam entre as quatro primeiras colocadas (G4) ou entre as quatro últimas colocações, pertencentes a zona de rebaixamento (Z4). Os clubes intermediários foram excluídos desta análise. Para análise dos dados foi realizada uma análise descritiva contendo os valores da posse de bola.

RESULTADOS: Os resultados demonstram que os times do G4 apresentavam uma média total de 53,75% de posse de bola e as equipes do Z4, 46,77%. Em situação de vitórias os times do G4 apresentavam uma média de 45,12% e as equipes do Z4, 45,68% de posse de bola. No empate os times do G4 apresentavam uma média de 52,90% e as equipes do Z4, 46,97% de posse de bola e por fim na derrota os times do G4 apresentavam uma média de 54,95% e as equipes do Z4 54,31% de posse de bola.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos resultados, há indicativos de que no campeonato brasileiro de futebol do ano de 2021, houve uma relação significativa entre a menor posse de bola e o maior número de vitórias. Tal fato pode estar associado com diferentes variáveis, como o modelo de jogo adotado das equipes, por vezes mais reativos, devido a característica cultural das equipes. Contudo, estes resultados são bem discrepantes quando comparados com outros importantes campeonatos pelo mundo, como o Espanhol, Inglês e Italiano.

Barbosa, M E1
1Universidade Federal De Juiz De Fora, Juiz de Fora - MG

E-mail: mattheussilva4003@gmail.com

Palavras-chave: Jovens, Talentos, Futebol, Promessas, Sucesso e Prosperidade.

INTRODUÇÃO: O preceito em dizer que o futebol de base e o profissional são diferentes se cumpre para alguns jogadores que se destacaram na base e no início do futebol profissional mas passaram por fatores que desestabilizaram suas carreiras. Diversos fatores influenciam na sequência da carreira do jovem futebolista até o seu sucesso, contudo, ainda é necessário identificar aqueles fatores que são mais determinantes.

OBJETIVO: O objetivo deste estudo é o de identificar aspectos que contribuem para a falta de prosperidade de jovens jogadores que eram considerados talentosos nas categorias de base e não obtiveram sucesso em equipes profissionais.

MÉTODO: Foi realizada uma revisão bibliográfica e análise documental. A pesquisa identificou 23 "cases" de jogadores que eram considerados promissores nas categorias de base e não obtiveram sucesso em equipes profissionais. Sites como "R7", "Torcedores.com" e "Esportetudo", e revistas especializadas também foram avaliadas. Entrevistas pré carreira e pós carreira foram recortadas e avaliadas para identificação de motivos que pudessem influenciar no não sucesso. Palavras chaves foram marcadas por pesquisadores treinados e os dados foram tabulados.

RESULTADOS: Os resultados do presente estudo demonstraram diferenças drásticas. Cerca de 61% dos jogadores que não tiveram sucesso ao longo de suas carreiras, apontam que o fato está associado por irregularidades - baixo desempenho, falta de conciliação do futebol com fatores externos e falta de adaptação ao futebol profissional, enquanto, apenas, 18% por conta de lesões, 9% pressão dos torcedores, 6% situação financeira e outros 6% por não conseguirem manter o peso.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com isso, conclui-se que as "jovens promessas" do futebol demandam de um conjunto de ações que precisam ser lapidadas, organizadas e sistematizadas em suas rotinas. Além de buscar manter ao longo da sua carreira um bom preparo físico e mental. Assim, esses fatores que foram mencionados serão enfrentados e os jovens obterão prosperidade ao longo de suas carreiras.

Castro, I H1
1 Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora - MG

E-mail: iagohjc@gmail.com

Palavras-chave: futebol brasileiro, formação, clubes.

INTRODUÇÃO: O Brasil é o país que forma um grande número de jogadores para o território nacional e para as principais ligas do mundo. Isso se dá pela grande diversidade de clubes, características culturais e socioambientais em que os jogadores de futebol são formados. Contudo, ainda precisamos entender quais são as características dos clubes com maior percentual de contribuição de para a formação de jogadores, tanto para o Brasil, quanto para ligas internacionais.

OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo, avaliar e comparar a capacidade de formação de atletas a nível nacional, entre clubes brasileiros.

MÉTODO: A amostra foi composta por 607 jogadores do futebol brasileiro em 2019 e 643 jogadores do futebol brasileiro em 2020. O estudo analisou todos os jogadores com no mínimo 3 partidas jogadas no campeonato brasileiro de 2019 e 2020. Elencamos os clubes formadores de cada atleta em uma planilha e, foram somados a quantidade de jogadores formados em todos os clubes da série A, em contrapartida foram somados todos os jogadores formados em clubes de divisões inferiores e ligas estrangeiras. Foram usados os sites "Ogol.com.br e Sofascore" para a coleta de dados. Os dados dos jogadores foram colocados em uma planilha e, ao final da coleta, foram somados todos os clubes formadores que não estavam na série A do futebol brasileiro e todos os clubes que estavam, discernindo assim, as duas categorias de clubes formadores para a quantificação dos dados.

RESULTADOS: Foi observado que no ano de 2019, 303 atletas que atuaram no campeonato vieram de clubes de divisões inferiores ou times estrangeiros. E 304 atletas que atuaram no campeonato de 2019 foram revelados em clubes da série A do presente campeonato. No campeonato brasileiro de 2020, foi observado que 311 jogadores que disputaram a competição foram revelados por times de divisões inferiores ou clubes estrangeiros. E 332 jogadores que disputaram o campeonato foram revelados por times da série A do campeonato em questão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do resultado apresentado, foi possível verificar que não houve grandes diferenças, em termos de quantidade, de jogadores revelados por times da série A em relação times de divisões inferiores. Portanto, é possível dizer que, times de divisões inferiores do Brasil contribuem tanto quanto times da Série A do futebol brasileiro, para a revelação de atletas para a elite do futebol nacional.

Gonçalves, S M1
1Universidade Federal de Juiz de Fora

E-mail: samuelmg1995@gmail.com

Palavras-chave: Futebol, Futsal, Posição.

INTRODUÇÃO: Devido a urbanização das cidades, o número de campos de futebol foi ficando mais escasso, esse foi um dos motivos da migração do campo para a quadra e o aumento de praticantes na modalidade futsal. Podemos perceber que uma grande parte dos jogadores que jogam futsal em algum momento irão jogar futebol, transição muito comum, porém pouco estudada.

OBJETIVO: O presente estudo teve como objetivo verificar se o treinamento em futsal influenciou nas posições dos atletas no futebol.

MÉTODO: Foram avaliados 33 atletas de futebol de Juiz de Fora, sendo 17 da categoria sub-11 e 16 da categoria sub-13, e todos do sexo masculino. Para a coleta de dados foi aplicado um questionário semiestruturado com questões relacionadas ao estatuto posicional. O questionário foi aplicado em forma de entrevista e de forma presencial. O mesmo era dividido em duas partes, na primeira o atleta respondia se já teria praticado futsal ou não, e se sim em qual posição atuava, já na segunda parte perguntávamos aos atletas a sua posição no futebol. Após a coleta dos dados, os mesmos foram tabulados em uma planilha Ad hoc e posteriormente seguiram para análise. Para análise foi utilizada estatística descritiva e comparação percentual.

RESULTADOS: Os resultados evidenciaram que dos 33 atletas, 31 praticaram futsal, correspondendo a 93,9%. Dos 31 atletas que praticaram futsal 87,1% responderam que praticavam ao nível de rendimento, e 12,9% praticavam ao nível escolar ou como lazer. Ao analisarmos a posição que exerciam no futsal, constatamos que 45,2% jogavam na posição de Ala, 32,3% jogavam na posição de Pivô e 22,6% jogavam na posição de Fixo. Ao questionarmos sobre a posição exercida no futebol, verificamos que 30,3% jogavam de Meio-campistas, 30,3% jogavam de Laterais, 27,3% jogavam de Atacantes e 12,1 % jogavam de zagueiros. Ao fazer o comparativo posição do futsal x posição do futebol, percebemos que 89% dos laterais jogavam de ala, 75% dos zagueiros jogavam de fixo, já os meio-campistas 50% jogavam de ala, 30% de fixo e 20% de pivô, os atacantes 88% atuavam de pivô.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos resultados obtidos, conclui-se que as características dos atletas de futebol influenciam nas posições dos atletas de futebol. Desta forma, o futsal pode ser um importante elemento no processo de formação de jovens jogadores de futebol.

Martins, LFR1; Cardoso, FSL2
1Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-Minas Gerais; 2Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora-Minas Gerais

E-mail: l.fernandormartins@gmail.com

Palavras-chave: Efeito da Idade Relativa, Futebol, Football Manager.

INTRODUÇÃO: O Efeito da Idade Relativa é um tema importante a ser investigado no contexto do futebol. Atletas nascidos no primeiro semestre tendem a levar vantagem em relação aos que nasceram no segundo semestre, impactando na seleção e captação de jovens futebolistas.

OBJETIVO: Investigar o Efeito da Idade Relativa nos jogadores sub-21 com maiores potenciais na franquia "Football Manager 2022".

MÉTODO: A amostra foi feita com 63 atletas que estão presentes no banco de dados do jogo. Foram requisitos para participação da amostra: atuar no Brasil, ter uma nota potencial definida de no mínimo 130 ou ter uma nota de potencial aleatória de -8, -85, -9, -95 ou -10, além de completar 21 anos até o dia 31/12/2022.A coleta de dados foi feita através do banco oficial de dados 22.4 do jogo Football Manager 2022. Após a coleta, os jogadores foram divididos em quatro grupos de acordo com a data de nascimento, sendo Grupo 1 (janeiro, fevereiro, março), Grupo 2 (abril, maio, junho), Grupo 3 (julho, agosto, setembro) e Grupo 4 (outubro, novembro, dezembro). Para análise estatística foi utilizado o teste de Qui-Quadrado com índice de significância de p<0,05. Todas as análises estatísticas foram realizadas no SPSS 24.0.

RESULTADOS: Os resultados apontam uma maior incidência nos atletas que nasceram no primeiro semestre 73,0%, sendo em sua maioria formada por jogadores nascidos no primeiro quartil 41,3% seguido por jogadores nascidos no segundo quartil 31,7%. No segundo semestre, observamos uma distribuição mais homogênea, com 12,7% de jogadores que nasceram no terceiro quartil e 14,3% de jogadores que nasceram no quarto quartil. A análise estatística revela diferenças significativas entre o Q1 e os demais quatis (X2(3)=10.586; p<0,001), o Q3 e Q4 não se diferenciam (X2(1)=4.611; p=0,671).

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi observado uma maior incidência de jogadores nascidos no primeiro semestre do ano, principalmente no primeiro quartil do ano (janeiro, fevereiro e março). Por conta disto é visível o EIR entre os atletas sub-21 de maior potencial no Football Manager 2022 atuando no futebol brasileiro.

Werneck, F Z1; Rites, A2; Veiga. M2; Medeiros, A2; Canavan, F2;Coelho, E F1
1Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto-MG; 2 Fluminense Football Club, Rio de Janeiro-RJ.

E-mail: f.zacaron@ufop.edu.br

Palavras-chave: Futebol, Talento esportivo, Treinadores.

INTRODUÇÃO: Identificar e selecionar talentos é uma tarefa dos treinadores. Eles geralmente utilizam o seu conhecimento, experiência e sua percepção subjetiva, para avaliar o potencial de sucesso dos atletas. Os pesquisadores têm procurado entender e sistematizar o "olhar dos treinadores" para otimizar o processo de identificação e seleção de talentos no futebol.

OBJETIVO: Comparar indicadores do talento esportivo de jovens futebolistas sub14 classificados como alto e baixo potencial, de acordo com a percepção subjetiva dos treinadores.

MÉTODO: Participaram 42 jovens futebolistas sub14 masculino de um clube da Série A do futebol brasileiro. Os atletas realizaram uma bateria de testes multidimensional contendo indicadores antropométricos, físico-motores, psicológicos, ambientais, maturacionais e técnico-táticos. Os treinadores (n=3) avaliaram seus atletas quanto a expectativa de sucesso futuro, numa escala de um (ruim) a cinco (excelente), estratificando-os em dois grupos: alto potencial (n=12) e baixo potencial (n=30). Utilizou-se o teste t de Student e o Qui-Quadrado, com nível de significância de 5%.

RESULTADOS: Os futebolistas de alto potencial foram cronologicamente mais velhos (14,2±0,1 vs. 14,0±0,3 anos; p=0,03) e biologicamente avançados (estatura adulta atingida: 95,0± 0,7 vs. 92,9±2,5 %; p=0,001; idade PVC: 13,2±0,2 vs. 13,5±0,5 anos; p=0,02), sendo mais altos (1,74 ± 0,05 vs. 1,68 ± 0,10 m; p=0,001) e mais pesados (60,5±2,8 vs. 56,3±9,1 kg; p=0,04), Além disso, os atletas de alto potencial apresentaram maior experiência esportiva (prática acumulada entre 8-10anos: 982±489 vs. 600±206 horas; p=0,04; total de prática acumulada: 2756±648 vs. 2275±407 horas; p=0,048) e entraram mais cedo no clube (8,7±1,9 vs. 10,7±2,3 anos; p=0,02) quando comparados aos atletas de baixo potencial, respectivamente. Além disso, nos atletas de alto potencial, observou-se maior proporção de nascidos no 1º semestre do ano e com maturação avançada (p=0,06) e que possuem atleta na família (p=0,06). Não foram observadas diferenças significantes na agilidade, resistência aeróbica, drible, habilidades táticas, habilidades psicológicas e apoio familiar (p>0,05), provavelmente devido à falta de poder estatístico.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Jovens futebolistas sub14 de alto potencial apresentaram maior idade cronológica e biológica, maior tamanho corporal e mais tempo de prática pregressa e acumulada quando comparados aos de baixo potencial, segundo a opinião dos treinadores. Os resultados sugerem ainda uma dupla vantagem ao atleta cronologicamente mais velho e biologicamente avançado. Um estudo longitudinal está sendo desenvolvido para investigar a validade preditiva da avaliação de potencial feita pelos treinadores, bem como as possíveis implicações do efeito da idade relativa e da maturação sobre o processo de identificação, seleção e desenvolvimento de talentos neste clube formador.

Agradecimentos: Universidade Federal de Ouro Preto e Fluminense Football Club.

Werneck, F Z1; Veloso, E A1; Coelho, E F1; Matta, M O2; Silva, R C P1
1Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto-MG; 2Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora-MG

E-mail: f.zacaron@ufop.edu.br

Palavras-chave: Futebol, Talento esportivo, Aprendizado de Máquina, Inteligência Artificial.

INTRODUÇÃO: A identificação de talentos no futebol compreende a tarefa de predizer quais atletas terão desempenho de elite no futuro. Os pesquisadores têm utilizado a modelagem estatística para estimar o potencial dos atletas, conjugando indicadores objetivos de performance e o conhecimento dos treinadores. Técnicas de aprendizado de máquina, subárea da inteligência artificial, são promissoras para otimização deste processo.

OBJETIVO: Comparar algoritmos de aprendizado de máquina na previsão do sucesso futuro de jovens futebolistas.

MÉTODO: Este estudo é parte integrante do "Projeto Atletas de Ouro®. Participaram 165 jovens futebolistas sub15 e sub17 masculino de um projeto de formação de base, avaliados em 2015 e 2017. Aplicou-se uma bateria de testes multidimensional, contendo indicadores antropométricos, físico-motores, psicológicos, ambientais, maturacionais e técnico-táticos. Os treinadores avaliaram seus atletas quanto aos aspectos intangíveis do potencial esportivo e expectativa de sucesso futuro. Em 2020, verificou-se quais atletas obtiveram sucesso na carreira – alcançar a categoria júnior de um clube profissional ou profissionalizar-se. Foram utilizados nove algoritmos de aprendizado de máquina para prever o sucesso dos atletas: (i) Árvores de Decisão (AD), (ii) Gradient Boosting (GB), (iii) Gaussian Process (GP), (iv) K Vizinhos (KNN), (v) Regressão Logística (LR), (vi) Redes Neurais Artificiais (RNA), (vii) Floresta aleatória (FA), (viii) Máquinas de Vetores de Suporte (SVM) e (ix) Extreme Gradient Boosting (XGB). A extração de estatísticas de desempenho dos algoritmos foi feita por Bootstrap. A amostra foi aleatoriamente dividida em treinamento (90%) e teste (10%). Para cada algoritmo foram executados 100 experimentos, sendo calculada a Acurácia (Acu), Sensibilidade (Sen) e Especificidade (Esp).

RESULTADOS: 33 atletas (20%) alcançaram sucesso 3 a 5 anos após a realização dos testes.Os dados foram normalizados para percentis. Utilizou-se como variáveis explicativas tanto os indicadores isoladamente quanto o Gold Score Soccer – índice composto pelo somatório linear e ponderado de indicadores objetivos (agilidade + resistência aeróbica + drible + habilidades táticas + confiança/motivação + apoio familiar) e o olhar do treinador (aspectos intangíveis + avaliação de potencial). Os melhores algoritmos foram o SVM (Acu: 0.79±0.09, Sen: 0.80±0.09, Esp: 0.99±0.02), o RF (Acu: 0.80±0.10, Sen: 0.83±0.1, Esp: 0.95±0.06) e o LR (Acu:0.80±0.10 Sen: 0.85±0.09 Esp: 0.93±0.08).

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Algoritmos de aprendizado de máquina apresentaram elevada acurácia na identificação de talentos para o futebol. Em trabalhos futuros, serão utilizadas técnicas de balanceamento de dados, visando melhorar a acurácia dos modelos. Além disso, técnicas de explicação de modelos serão utilizadas para identificar quais características cada modelo julgou mais importante na previsão de sucesso.

Agradecimentos: Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Programa de Introdução à Pesquisa da UFOP (PIP-UFOP) e Projeto Futebol UFJF.

Árabe, D1; Silva, V A2, Cerqueira, M F2; Cardoso, F2
1Especialização em Futebol da Universidade Federal de Viçosa - Viçosa, MG; 2Universidade Federal de Juiz de Fora – Juiz de Fora, MG

E-mail: diego.arabe@terra.com.br

Palavras-chave: Futebol, Análise de jogo, Resultado.

INTRODUÇÃO: A vantagem de se atuar como mandante em competições de futebol tem se demonstrado um fator importante para a obtenção de sucesso dentro do campeonato. De modo geral as equipes tendem a ter um aproveitamento sempre superior em seus estádios, sendo que, este aproveitamento está ligado a influência de fatores como o apoio da torcida, menor desgaste emocional e a pressão da torcida sobre os árbitros. Entre os fatores supracitados a presença da torcida é notoriamente classificada como o principal fator.

OBJETIVO: Comparar o percentual de vitorias em casa e fora de casa com e sem a presença da torcida.

MÉTODO: Foram analisados 720 resultados de jogos como mandantes dos 20 clubes que jogaram os Campeonatos Brasileiros da Série A nos anos de 2019 (n=360) e 2020 (n=360). Os jogos de 2019 foram realizados em sua integra sem a presença do público devido a pandemia da COVID-19, já os jogos de 2020 o público esteve presente. A coleta dos dados foi realizada em sites especializados e conteve os dados referentes as equipes participantes, o mando de campo da partida e seus resultados. Para este trabalho levou-se em consideração o percentual de vitórias em casa e fora de casa. Como tratamento estatístico, foi realizada analise descritiva dos dados, e recorreu-se a utilização dos testes Shapiro-Will e qui-quadrado. O nível de significância utilizado foi de p<0,05.

RESULTADOS: Independente da presença de público as equipes apresentaram uma maior frequência de vitórias quando jogavam com o mando de campo favorável [2019 (48%), 2020 (45%)] em comparação para os jogos fora de casa [2019 (26%), 2020 (27%)]. Foram observadas diferenças estatísticas no número de vitórias em casa em detrimento do número de vitórias fora de casa em ambos os anos analisados. [(2019= X2(1)=8,345; p=0,004); (2020= X2(1)=9,134; p=0,008)]. Contudo, estatisticamente não foram observadas diferenças na comparação entre as temporadas 2019 (com a presença do público) e 2020 (sem a presença do público) (X2(1)=1,345; p=0,894).

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que jogar como mandante proporciona uma vantagem significativa para o alcance de vitórias no Campeonato Brasileiro. Entretanto não é conclusivo que o fator torcida parece influenciar diretamente no número de vitórias da equipe mandante.

Caríssimo, J M N1; Rosa, E H S2; Moreira, R L2; Ferreira, R M2
1Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais; 2 Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais.

E-mail: joaomarceloniquini@gmail.com

Palavras-chave: Treinadores, Futebol, Contexto imediatista.

INTRODUÇÃO: No âmbito esportivo nacional, se tornar treinador acontece de duas formas: ser ex-atleta ou por meio da formação universitária. Treinador de futebol é a única profissão que a lei 9.696/98, que rege sobre a atuação do profissional de Educação Física, permite a não graduados atuarem, a partir da comprovação de 3 anos consecutivos ou 5 anos alternados de experiência como jogador ou como treinador. Diante disso, a CBF capacita treinadores em 4 diferentes Licenças: (1) Pró, (2) A, (3) B e (4) C, por meio da CBF Academy. Ainda é uma questão cultural o vínculo de ex-atletas ao cargo de treinador, tornando essa formação complementar imprescindível na capacitação desses personagens.

OBJETIVO: Verificar qual é a visão dos treinadores do futebol brasileiro sobre a Educação Física, as licenças da CBF na formação do treinador.

MÉTODO: Participaram do estudo seis treinadores de categoria de base do futebol nacional masculino, pertencentes a times que disputaram as principais competições nacionais no ano de 2021. Os critérios de inclusão foram: ter no mínimo três anos de experiência; e profissional de Educação Física e/ou ter 3 anos consecutivos ou 5 anos alternados de experiência como treinador. Foram utilizados dois instrumentos: ficha de caracterização da amostra e roteiro de entrevista semiestruturada que abordou a temática da Educação Física e das Licenças da CBF na carreira do treinador. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética.

RESULTADOS: Os relatos dos treinadores envolvendo o curso da CBF, demonstraram a importância do curso, para ter uma licença para treinadores, além disso, foi frisado a importância das interações entre os alunos. Entretanto, o investimento financeiro e o tempo de duração foram fatores questionados. Foi exposto pelos treinadores que a graduação em Educação Física é um importante percurso na vida dos treinadores de futebol, não no sentido direto do cargo de treinador, mas na aproximação de conhecimentos ligados ao esporte, por exemplo, na área da biologia, fisiologia, pedagogia, didática e ter um olhar mais crítico cientifico. Apesar disso, foi relatado a importância da formação continuada aprofundando nas especificidades da área do futebol, visto o fator generalista na graduação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi percebido que os treinadores consideram a Educação Fisica e as licenças da CBF como percursos importantes. Entretanto, apresentam conteúdos mais gerais, apresentando aspectos básicos do futebol que servem para nortear o conhecimento dos treinadores sobre a forma como ele quer jogar, cabe ao treinador continuar a sua formação e atualização, buscando informações cada vez mais específicas que ele possa aprender e transmitir para suas equipes.

Agradecimentos: Universidade Federal de Ouro Preto/MG, Edital 04/2021 – PIBIC/CNPq – 2021-2022.

Cerqueira, M F1; Silva, V A1
1Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora - Minas Gerais

E-mail: mateusferreira.1@hotmail.com e victor.adriano.14@gmail.com

Palavras-chave: Torcidas, Jogos de Estádio, COVID-19.

INTRODUÇÃO: A pandemia do COVID-19 gerou diversas consequências no cotidiano em todo o mundo, as medidas de proteção adotadas pelos governos limitaram até mesmo as condições do esporte. As competições de futebol ao redor do mundo na temporada do ano de 2020 sofreram algumas alterações em relação ao ano anterior, a mais significativa foi a realização de jogos em estádios sem a presença do público. Esse aspecto começou a levantar algumas importantes reflexões como por exemplo o efeito que o público tem no resultado final do jogo.

OBJETIVO: Verificar as vantagens de se jogar em casa no resultado final do jogo, além de verificar o quanto esta variável pode influenciar na classificação final do campeonato.

MÉTODO: Foram analisados 760 jogos de equipes mandantes e seus respectivos resultados durante as temporadas 2019 e 2020 do Campeonato Brasileiro da Série A. Os dados referentes ao local aos resultados dos jogos foram coletados nos sites www.ogol.com e www.globoesporte.com. Os dados foram comparados no momento de aferição da fidedignidade no pareamento entre estas duas fontes. No caso de se constar divergência de informação, os dados seriam excluídos da amostra. Após coleta os dados foram tabulados em uma planilha de Excel. Para análise estatística recorreu-se a analise descritiva e os testes inferenciais de Shapiro-Willk; qui-quadrado (X2) e teste t.

RESULTADOS: Os resultados apontam que nos jogos em casa os times apresentaram um maior número de vitórias (367) seguido por empates (210) e derrotas (183). O resultado do qui-quadrado permite verificar diferenças significativas em relação ao resultado de vitória, sendo na comparação entre vitória e empate: X2(1)= 42,719, p<0,001, r=0,26 e entre vitória e derrota: X2(1)= 367,555, p<0,001, r=0,81. Para a comparação entre empate e derrota não foram verificadas diferenças significativas X2(1)= 1,855, p=0,173, r=0,05. Ao se avaliar os resultados das equipes que jogaram em casa nos anos de 2019 e 2020. Os resultados do teste t apontam para diferenças significativas entre os grupos com melhor e pior colocação nos campeonatos brasileiros nos anos de 2019 e 2020 (2019= t(55)= 2,443, p=0,003, r=0,15 e 2020= t(55)= 4,567, p<0,001, r=0,39).

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Analisando os resultados encontrados neste estudo, pode-se inferir que existe vantagens para equipes mandantes, essa vantagem existe tanto com a presença da torcida quanto sem a torcida, contudo, normalmente os maiores números de vitórias em casa ocorre com a presença da torcida.

Furtado, M E1; Lobato, P L2
1 Especialização em Futebol da Universidade Federal de Viçosa – Viçosa, MG; 2Universidade Federal de Viçosa – Viçosa, MG

E-mail: eluidson@gmail.com

Palavras-chave: Futebol, Análise de jogo, Resultado.

INTRODUÇÃO: A vantagem de se atuar como mandante em competições de futebol tem se demonstrado um fator importante para a obtenção de sucesso dentro do campeonato. De modo geral as equipes tendem a ter um aproveitamento sempre superior em seus estádios, sendo que, este aproveitamento está ligado a influência de fatores como o apoio da torcida, menor desgaste emocional e a pressão da torcida sobre os árbitros.

OBJETIVO: Comparar o percentual de vitorias em casa e fora de casa na Série A do Campeonato Brasileiro de 2014.

MÉTODO: Foram analisados 760 resultados de jogos como mandantes dos 20 clubes que jogaram os Campeonatos Brasileiros da Série A no ano de 2014. A coleta dos dados foi realizada em sites especializados e conteve os dados referentes as equipes participantes, o mando de campo da partida e seus resultados. Para este trabalho levou-se em consideração o percentual de vitórias em casa e fora de casa. Como tratamento estatístico, foi realizada analise descritiva dos dados, e recorreu-se a utilização dos testes Shapiro-Will e qui-quadrado. O nível de significância utilizado foi de p<0,05.

RESULTADOS: Os resultados apontam que as equipes mandantes apresentam uma maior frequência de vitórias (51,84%), seguido por derrotas (24,21%) e empates (23,95%). Foram observadas diferenças estatísticas no comparativo entre o número de empates X2(1)=12,345; p<0,001 e derrotas X2(1)=11,134; p<0,001. E relação ao comparativo entre empates e derrotas não foram observadas diferenças significativas X2(1)=1,345; p=0,894.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que, para a temporada 2014 da Série A do Campeonato Brasileiro, jogar como mandante proporcionou uma vantagem significativa para o alcance de vitórias.

Rosa, E H S1; Caríssimo, J M N2; Moreira, R L1; Ferreira, R M1.
1 Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais; 2 Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais.

E-mail: evertonhsr@gmail.com

Palavras-chave: Conhecimento interpessoal, Futebol, Treinador.

INTRODUÇÃO: O conhecimento interpessoal reflete nas interações do treinador, sua capacidade de se relacionar, adaptar-se ao meio e consequentemente o alcance dos objetivos para a aplicação do método de trabalho e construção de conexões com os atletas. Mediante isso, a empatia possibilita ao treinador uma maior capacidade de compreender o próximo e com isso pode auxiliar nas relações interpessoais de forma positiva, onde nota-se que treinadores que não obtém boas relações, perdem oportunidades.

OBJETIVO: Relatar a visão dos treinadores do futebol brasileiro acerca do conhecimento interpessoal e sua utilização na prática.

MÉTODO: Foram utilizados dois instrumentos para avaliação do conhecimento interpessoal dos treinadores. O primeiro foi uma ficha de caracterização da amostra e o segundo um roteiro de entrevista semiestruturada baseado no teste QECE, que aborda a empatia e questões sobre relações interpessoais. Estes instrumentos foram aplicados em seis treinadores de categoria de base do futebol nacional masculino, pertencentes a times que disputaram as principais competições nacionais no ano de 2021.

RESULTADOS: Das seis respostas obtidas, cinco apresentaram alto nível de empatia, totalizando 83% dos resultados. Um treinador apresentou empatia moderada. No que tange às relações interpessoais, todos consideraram fundamental ter conhecimento das diversas formas que essas relações se apresentam, sendo a capacidade de liderar, gerir e comunicar, os principais atributos para alcançar êxito na sua atuação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que os treinadores apresentaram alto nível de empatia, sendo relatado que a capacidade de gerir e liderar um grupo é fundamental para resolver as diversas situações cotidianas de um clube. Além disso, uma relação positiva entre treinador e grupo de atletas é um importante instrumento que possibilita uma interação produtiva com os atletas/comissão técnica e membros do clube, sugerindo assim uma relevância considerável dessa capacidade para a atuação do treinador de futebol.

Agradecimentos: Universidade Federal de Ouro Preto/MG, Edital 04/2021 - PIBIC/CNPq - 2021-2022.

Santos, K P1; Cardoso, F S L1
1 Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora - MG.

E-mail: kaahpazzi@gmail.com

Palavras-chave: Futsal Feminino; Educação Física; Âmbito Escolar.

INTRODUÇÃO: A Educação Física, disciplina obrigatória no Currículo da Educação Básica Brasileira, conforme a Lei de Diretrizes e Bases (1996) – agrega atualmente uma abordagem muito mais ampla. Além da interdisciplinaridade, promovendo aprendizagens numa visão integral do aluno, desenvolvendo aspectos afetivos, cognitivos, sociais, éticos. Nessa perspectiva, o esporte, principalmente o futebol e futsal, quando utilizado como social e democrática, tem papel importante por favorecer a compreensão das diferentes manifestações da cultura corporal.

OBJETIVO: O objetivo desse estudo é verificar a percepção de estudantes do sexo feminino do Ensino Fundamental e Médio da Educação Básica sobre a inclusão do futsal feminino nas aulas de Educação Física Escolar.

MÉTODO: Participaram do estudo 55 estudantes do sexo feminino, com idade entre 11 e 18 anos, de escolas públicas e privadas do município de Juiz de Fora. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário online, composto por 10 perguntas, por meio da plataforma do google forms.

RESULTADOS: Os resultados apontam que as aulas de Educação Física promovem o futsal com maior regularidade, tornando-o parte do cotidiano escolar. Os resultados apontam também que mesmo participando das aulas de futsal e tendo consciência da importância desse esporte para o próprio bem-estar, ainda existe um grande preconceito quando participam do mesmo

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que mesmo identificada a importância da prática do futsal no ambiente escolar o acesso a esse esporte ainda encontra resistência, provocando insegurança e desconforto quando praticado pelo público feminino. Necessita-se, portanto, de ações mais assertivas que assegurem ao público feminino uma inclusão mais igualitária nesse universo.

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